domingo, 20 de março de 2016

Novos macacos

Dizem que somos todos macacos, e de fato não estão tão errados assim.

O cenário político se entraveia por algo fora do comum ou talvez só esteja sendo jogado em uma quadra pequena. Vejo pelas ruas bandeiras vermelhas e amarelas e sinceramente não compreendo qual a raiva entre pessoas que jogam partidas de futebol com a opinião pública e criticam o juiz ladrão sem se dar conta que o bandeirinha e as bandeirolas também são compradas.

O que acho mais estranho é que alguns fanáticos simplesmente não vão ver a partida, e não deixam de torcer, já outros preferem os times de segunda divisão, e os mais raros são os que preferem jogar entre amigos a tomar partida dessa situação. Talvez sem saber são os que alimentam a continuidade do jogo no gosto popular, ainda que criando suas próprias regras.

É de fato contestável alguns dizerem que sua "constituição", física e moral permanece intacta enquanto outros tentam se apoiar e dependurar nas suas redes. Que o placar é garantido. Continuam segurando a bola mesmo depois dela ter entrado. De fato, o jogo não acabou... E parece que o gol foi contra mesmo...

O time dos macacos continua firme e forte, cheio de razões, mas vamos falar de futebol arte então?

Dizem por aí que os artistas e os artífices são românticos, amantes, mas não é sempre assim. Queria eu poder realizar todos meus desejos, mas nem sei direito quais são, estamos todos coloridos então esqueci pra que lado é o gol. É, acho que alguém fez escanteio.

Ainda estou construindo minhas próprias ferramentas, talvez por ser esse tal homo habilis, mas insistem em dizer que já tá tudo pronto na natureza. Macaco burro, que só quer saber de sombra e água fresca, mas toma água de canudinho.

Realmente, parece que não saímos do homo habilis, alguns preferem produzir as ferramentas enquanto outros só gostam de usar, mas tem gente que pega o martelo pela pena e os pregos seguram ao contrário. Melhor trocar uma banana com outro amigo, e quem sabe uns beijinhos? O importante é saber usar, não saber fazer. Quanto mais força melhor, convençamos o juíz.

Por um lado melhor sentar no meio da arquibancada, enquanto a macacada grita aos berros por uma ordem de poder, não posso ser isento, isento não posso ser?

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